sábado, 14 de abril de 2012

Ruralista é suspeito de matar agente da PF no Paraná

Empresário da Região é preso acusado de matar policial federal
Alessandro Meneghel (CGN) - foto: CGN
Um agente da Polícia Federal foi morto na madrugada deste sábado em frente a uma danceteria no centro de Cascavel (a 498 km de Curitiba). Alexandre Drummond Barbosa, 36, foi atingido por disparos de espingarda calibre 12 e de pistola.

Segundo a Polícia Civil, ainda durante a madrugada, o líder ruralista Alessandro Meneghel ligou para a PF, confessou o crime e indicou o local onde estava. Ele foi preso em uma de suas fazendas e indiciado sob suspeita de homicídio qualificado.

Testemunhas ouvidas informalmente pela polícia relatam que o fazendeiro e o policial estavam na casa noturna onde tiveram uma discussão.

Meneghel deixou o ambiente, foi até o carro e aguardou o policial sair para fazer os disparos. Mesmo caído, o agente revidou e disparou contra o fazendeiro, que foi atingido de raspão no rosto. Barbosa foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

A polícia investiga denúncias de que havia outra pessoa com Meneghel. Imagens registradas pelo circuito interno de duas casas noturnas já estão com a polícia.

O caso será investigado pelo delegado da Polícia Civil Luiz Rogério Sodré, mas a PF vai acompanhar o inquérito. Até as 11h30, Meneghel não havia sido ouvido pela polícia, que pretende interrogá-lo na tarde deste sábado.

A polícia estuda a possibilidade de pedir a transferência do ruralista para o presídio de segurança máxima de Catanduvas.

HISTÓRICO

Meneghel, que já presidiu a SRO (Sociedade Rural do Oeste), tem histórico de envolvimento em ações violentas no Paraná.

Em outubro de 2007, ele foi acusado de liderar um ataque contra um grupo sem-terra que invadiu uma fazenda que à época pertencia a multinacional Syngenta Seed, em Santa Tereza do Oeste (20 km de Cascavel). Um segurança e um líder do MST morreram no conflito agrário.

Em 2009 Meneghel foi preso e passou três meses na cadeia sob a acusação de porte ilegal de arma.

O advogado Tadeu Karasek Junior, defensor do ruralista, não quis comentar a prisão por ainda estar acompanhando os depoimentos.


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